terça-feira, 29 de julho de 2014

Resenha: O Ladrão do Tempo - John Boyne

Sinopse: O ano é 1758 e Matthieu Zela resolve abandonar Paris e fugir de barco para a Inglaterra, depois de ter testemunhado o assassinato brutal da mãe pelo padrasto. Apenas um garoto de quinze anos na época, ele leva consigo o meio-irmão caçula, Tomas, criança que se vê impelido a proteger. 
Começando com uma morte e sempre em busca de redenção, a vida de Zela é marcada por uma característica incomum: antes que o século XVIII acabe, ele irá descobrir que seu corpo parou de envelhecer. Sua aparência é de um homem de cinquenta anos, mas o tempo passa e seu físico continua imutável. Ele simplesmente não morre e não faz ideia de qual seja a razão para que isso ocorra.
Ao final do século XX, ele resolve olhar para o passado e rememorar sua experiência de vida, incomparável à de qualquer outro ser humano. Da Revolução Francesa à Hollywood nos anos 1920, da época das Grandes Exposições à quebra da Bolsa de Nova York, Zela transitou por inúmeros lugares, exerceu diversas profissões e conheceu pessoas notáveis, além de ter se apaixonado por muitas mulheres. Mas, mesmo séculos depois, ele continua certo de que seu verdadeiro amor foi Dominique Sauvet, uma jovem que conheceu no barco que tomou com o irmão para escapar da França. O trio se uniu para começar a nova vida na Inglaterra e Matthieu se viu totalmente encantado por Dominique.
Com uma trama absolutamente instigante de amor, morte, traição, oportunidades perdidas e esperança, John Boyne já anunciava neste primeiro romance o seu talento inconfundível de exímio contador de histórias.


Resenha

O Ladrão do Tempo é o primeiro livro de John Boyne e nele o autor deixa claro porque conquistou tantas pessoas com sua escrita. Um livro leve, engraçado, emocionante e com uma pequena dosagem de suspense e ação.Matthieu Zela tem uma vida longa. Ele nasceu em 1743 e desde então tem acompanhado a história do mundo se desenrolando ao seu redor. Junto com seu meio-irmão de 15 anos, Tomas, ele abandonou a França  quando o padrasto fora condenado pelo terrível crime que cometera. A partir de então a vida dos dois muda completamente. Matthieu para de envelhecer na meia-idade e vê Tomas e seus descendentes morrerem tragicamente com vinte e poucos anos, todos deixarando um filho que terão seus destinos como os do seus pais. Em 1999, Matthieu percebe que é hora de interferir nessa 'maldição' e vai tentar salvar Tommy, mas a tarefa não será nada fácil.

A narrativa é feita em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Matthieu, os capítulos são alternados em três 'tempos', um falando sobre o presente em 1999; outro sobre o passado logo após sua ida para Londres e envolvimento com Dominique; o último mostra diversos acontecimentos mundiais como por exemplo Revolução Francesa, Revitalização de óperas, renascimento das Olimpíadas, revolução industrial, início da indústria cinematográfica em Hollywood, caça aos comunistas nos EUA, quebra da bolsa de valores de New York, entre outros.O livro exige um pouco mais de atenção do leitor, uma vez que, além de conter saltos temporais, traz muitas referências históricas à locais, personalidades e livros que marcaram determinada época (O Conde de Monte Cristo, A Letra Escarlate, Um Estudo em Vermelho, O Grande Gatsby e Adeus às Armas).


O Ladrão do Tempo pode não ser uma leitura muito fácil para quem não tem o costume ou não conhece a escrita de Boyne. É uma leitura bastante densa devido a muitas informações que precisam ser passadas para não gerar dúvidas sobre os acontecimentos históricos nos quais Matthieu está inserido.A edição feita pela Companhia das Letras ficou excelente e no mesmo padrão dos livros do John Boyne já publicados aqui. Ótimo para quem já faz coleção.

Super recomendo!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Resenha: Como eu era antes de você - Jojo Moyes

Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.


Resenha

Em uma das minhas navegadas pela internet, me deparei com o livro, até então não conhecia a autora e nenhum dos seus títulos. Sei que não devemos julgar um livro pela capa, mas alguma coisa me chamou a atenção e resolvi ler a sinopse e... bingo! Foi amor à primeira vista. E de tanto falar no livro, acabei ganhando de presente.

Louisa Clark é uma mulher de 26 anos que ainda mora com os pais em uma pequena cidade da Inglaterra, trabalha como garçonete em um pequeno café há anos e tem um relacionamento morno há quase sete anos com Patrick, um atleta completamente obstinado e obcecado. Clark é totalmente acomodada à sua vida, ela não tem ambições e seu maior desejo é que as coisas continuem exatamente como estão. Porém, vê sua vida virar de ponta cabeça quando o dona da lanchonete onde trabalha decide fechar o lugar. E a partir daí começa uma saga a procura de um emprego novo, uma vez que ela tem um grau de instrução baixo e não tem muitas habilidades profissionais além de servir num café. Assim sendo, o único emprego que Lou consegue é como cuidadora de um tetraplégico chamado Will Traynor.

Will é um homem de 35 anos anos que sempre foi inteligente, culto, atlético, ativo, aventureiro, que não gostava de mesmice. Mas sua vida muda completamente quando, em uma noite chuvosa, é atropelado por uma moto e fica tetraplégico. Will não aceita sua nova condição pós-acidente, se tornando um homem amargurado e mal humorado.
Porém a vida dessas duas pessoas completamente diferentes irá mudar para sempre quando seus caminhos se cruzarem...

Jojo Moyes usa uma linguagem de fácil compreensão e muitos elementos interessantes que nos ajudam a compreender pelo que Will está passando e como sua dor e tristeza chegam a um limite insuportável. Ela aborda temas delicados com muito tato e sensibilidade, e construiu de forma muito real sua história, nos mostrando um mundo cheio de dificuldades para quem tem deficiência ou limitações. Mas sempre hás os dois lados: muitos deficientes, assim como Will, perdem o gosto pela vida e desistem de lutar; outros, parecem ganhar ainda mais gosto pela vida, e se agarram a ela com unhas e dentes, e muita determinação. Moyes também nos mostra como um verdadeiro sentimento pode mudar a vida de uma pessoa.

Se você quer um livro profundo, que te faça questionar suas próprias decisões e atitudes, Como eu era antes de você te dará uma aula e tanto!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Carta de apresentação

Me chamo Ana Paula, tenho 23 anos, sou graduada em Psicologia e pós graduanda em Gestão de Pessoas.

Em casa nunca tive incentivo para a leitura, mas não culpo nem julgo meus pais por isso, eles possuem um baixo grau de instrução, não tiveram as oportunidades que tenho hoje, acham que ler é perda de tempo e que vou ficar boba e lerda, mais do que sou. Então minha paixão pelos livros é, digamos, recente. Fui apresentada ao universo literário há mais ou menos 10 anos, quando mudei de colégio e conheci uma menina que era uma leitora de carteirinha e que acabou se tornando minha amiga, Thaís Coelho o nome da figura. O primeiro livro que Thaís me indicou foi um livro de Pedro Bandeira intitulado A Marca de Uma Lágrima, e aí foi amor à primeira vista, foi nesse momento que começou minha fome por livros.

Nos 5 anos de faculdade não li praticamente nada que não fosse livros específicos de Psicologia. Retomei a literatura diversificada há pouco e senti uma enorme vontade de ter um lugar no qual eu possa falar, comentar, gritar sobre os livros, sobre o que eles me fazem sentir. Não garanto que postarei sempre, pois sou um tanto quanto desorganizada e enrolada, mas sempre que puder virei aqui pra descarregar e carregar as energias.

Bom, é isso.
Um beijo e até breve!